'Obedecer deixa cego, crescemos somente na ousadia' por Karin Szapiro

 

Colunista especial convidada : por Karin Szapiro


O ator argentino Ricardo Darin afirmou numa recente entrevista que a pessoa mais importante da sua vida foi sua mãe porque, entre outras coisas, ela lhe deixou uma qualidade especial que o fez ir além: o atrevimento.

O atrevimento é a audácia de fazer certas coisas fora da caixa, é sair do lugar comum, é se jogar e perguntar: afinal, o que eu tenho a perder? Em hebraico, temos o termo Chutzpah que pode ter uma conotação positiva e mostrar coragem e servir ao bem comum ou negativa se for arrogante e sem simancol.
Enfim, eu concordo que é necessário ter uma certa audácia e irreverência perante a vida. Penso eu, que sem os “cojones”, ou seja, sem os culhões, nos perdemos na multidão e passamos a viver uma vida invisível e morna. Afinal, como diz o ditado “quem não arrisca, não petisca”.
É um exercício de atrevimento escrever certas coisas e expor meu ponto de vista a quem me lê, mas confesso que é mais forte do que eu. Tenho uma necessidade vital de me comunicar, faz parte de mim. Nem sempre estou certa mas a pergunta que me faço é: e daí?
E você? Se atreve?
Bom domingo!

“Obedecer cegamente deixa cego, crescemos
somente na ousadia. Só quando transgrido alguma ordem, o futuro se torna respirável”
Mario Benedetti


Karin Szapiro é psicanalista, casada, mãe de 3 lindos loiros, ama escrever e viajar pelo mundo de fora e de dentro.

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