'A SENSAÇÃO DE FRACASSO DE MÃES E PROFESSORES COM AS AULAS ONLINE : afinal, está faltando empatia das escolas ?'





Não canso de ler nas redes sociais em grupos de mães, em perfis individuais de mulheres, em grupos de professores, sobre o stress, a frustração, o cansaço emocional que as aulas online vem provocando nos envolvidos.
As mães desabafam, principalmente as que precisam e continuam trabalhando mesmo em home office, que se sentem falhando na tarefa de ajudar os filhos com as aulas porque não dão conta. É uma sobrecarga de responsabilidades dentro de uma rotina que traz junto um contexto psicológico pesado.
Essas mães precisam, ou precisariam, cobrar dos filhos participação, resultados, apoiá-los nas provas, consolá-los, enviar report prás escolas, e muitas se sentem incapazes (não importa o motivo), sufocadas, e sem a força de cobrar nada de seus filhos confinados.


De outro lado estão professores, que também se sentem cobrados, pelas escolas e pelos pais. Muitos falam sobre o desânimo de ensinar à distância, sentem que os alunos não estão envolvidos nas aulas como deveriam, sentem que não conseguem desenvolver aulas online interessantes, que já não sabem mais ‘o que inventar’, e a auto estima vai descendo ladeira abaixo.


Os alunos estão agitados. Se esforçam prá não decepcionar os pais, prá tentar aprender o que estão ensinando de novo, prá fazerem todos os trabalhos e tarefas, conseguirem notas nas provas, e por fim também se sentem muitas vezes frustrados, desanimados, e nem conseguem expressar isso prá ninguém, o que é pior ! Têm que dar satisação pros pais e prás escolas.


As escolas por sua vez se sentem na obrigação de manter o ritmo, de manter a grade curricular, de  cumprir com o calendário do MEC, de proteger sua continuidade mantendo a estrutura para receber seus alunos de volta, pagando os professores e colaboradores.
Todos estão machucados. Todos estão se sentindo  um tanto sozinhos nessa jornada. Todos estão com medo, do novo, da volta, do futuro. Todos estão questionando o que é justo, o que é correto, o que é errado, o que é melhor e o que é pior. O fato é que não existem todas as respostas. Simplesmente não existem.


Mas eu enxergo uma solução aqui que pode amenizar os conflitos internos e externos. E o nome dessa solução é COMUNICAÇÃO.
Comunicação não se resume em envio de e-mails, em trocas de whatsapp, em contato durante a aula online; a comunicação hoje precisa ir além. Muito além.
Estamos todos carentes, vulneráveis, precisando mais que nunca um dos outros. E a única forma de estarmos juntos é através de eventos online, conversando sobre nossas realidades, sobre esses medos, sobre nossas dúvidas, buscando apoio nas palavras que nos confortam, que nos fazem sair do mundo da imaginação e passar pro mundo do contato pessoal . 
Porque enquanto estamos machucados, vamos criando monstros em nossas cabeças. Vamos criando inimigos imaginários, enxergando as situações com distorção. Destruímos aos poucos, vínculos importantes, respeito, confiança, e principalmente, fragilizamos a comunicação.
Todos nós precisamos nos unir prá juntos desenvolvermos empatia diante desse cenário. Onde todos e cada um de nós está buscando sobreviver.
Não existem vilões. Não existem fracassados.
Essas mães são verdadeiras heroínas. Nossos filhos são guerreiros. Os professores são super heróis. As escolas são o QG que jamais pode ruir porque o QG é o lugar que reúne todas essas forças.
Vamos investir, nesse momento, na comunicação através de encontros que falem sobre temas que toquem na dor do outro. Vamos fazer encontro de pais, de professores, vamos olhar nos olhos de quem está do outro lado nessa luta. Uma palavra pode mudar todo um sentimento, que por sua vez pode mudar todo um contexto.
Enquanto isso continuamos buscando o nosso melhor e pronto. Valorizando nossas conquistas diárias. Valorizando os esforços dos outros. Entendendo que cada um está buscando fazer seu melhor e o melhor do outro não é igual ao meu melhor.
Não vamos nos entregar ao inimigo. E nosso maior inimigo hoje é a nossa mente, nossos pensamentos.
Falem. Conversem sobre o que pensam e sentem. É um alivio. Façam seus filhos falarem.
Escolas, promovam a escuta. Promovam os econtros. Promovam a empatia. Esse é o tema central. A empatia é o que vai nos salvar !




Stella Azulay
Jornalista e Coach Comportamental com especialização em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental

COACH DE MULHERES PARA VIDA E CARREIRA
TREINDORA DE PAIS PARA COMUNICAÇÃO, PODER DE INFLUÊNCIA E RELAÇÃO COM FILHOS 
TREINADORA DE JOVENS PARA ESCOLHA DE CARREIRA E AUTO ESTIMA
TREINADORA DE EDUCADORES PARA FORTALECIMENTO DA POSTURA E AUTO ESTIMA
TREINADORA COMPORTAMENTAL DE MARKETING DE IMAGEM PARA PESSOA FÍSICA E EMPRESA.
PALESTRANTE COMPORTAMENTAL
MEDIADORA DE DEBATES

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