Esse 'negócio' de Dia dos Pais, das Mães, das Crianças...


Mais um Dia dos Pais se foi...e eu, apesar de festejar qualquer coisa porque eu sou festeira, fico sempre incomodada com essas datas.
Não só pelo cunho comercial, mas também pela ilusão que elas fabricam.
Vou usar a inspiração do Dia dos Pais porque foi recente, mas vale pro Dia das Mães, das Crianças, dos Namorados e etc...
O presente, o almoço ou jantar juntos, muitas vezes o cartão também, tudo isso deveria coroar os homenageados em uma certa data, e não substituir a atenção, respeito, carinho, contato que deve ser trocado e mantido todos os dias do ano.
A importância da data festiva jamais deve  'limpar a barra' de quem, o ano todo, não se importou, não se conectou, e até mesmo desrespeitou o outro. Seja de pais prá filhos, filhos prá pais, e por aí vai.
Inconscientemente parece que o Dia X ganha mais importância que o conjunto de esforços e valores reais que devem fazer parte da rotina.
É uma lavagem cerebral social forte. Que contamina idosos, adultos, jovens e crianças. E me incluo nisso porque ninguém está livre de ser vítima aqui. Somos tomados por uma enxurrada de propagandas com slogans que emocionam, que enebriam, e que nos fazem crer que é naquela data que teremos a chance de demonstrar como somos filhos bons, presentes, que não esquecem do pai, da mãe, da namorada, dos filhos...
Podemos sim celebrar, homenagear, presentear, mas sempre conscientes da carga de superficialidade a que se refere. Com a lucidez de que o grande desafio se encontra no dia a dia, todos os dias do ano. O desafio de se interessar, dar amor, dialogar e participar. Esse é único presente inesquecível e durável : nossa dedicação e atenção ao outro !



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